Kit Bebê – Histórico

O segundo segmento do “MOVIMENTO SOPÃO MINEIRO”, chamado “KIT BEBÊ” foi idealizado em 27/05/1996 por uma ex-voluntária de nome Dulce Romano e no dia 16/06/1996 foram distribuídos os dois primeiros kits após realização de um trabalho de muito esforço, dedicação e alegria.

Foi uma idéia muito feliz e bem desenvolvida. O objetivo seria orientar grávidas carentes através de palestras, em três reuniões mensais, e ao final presentear àquelas que participam de todas as reuniões com um kit montado, que auxilia no inicio da criação do bebê.

Quando foi inaugurada a primeira sede do “Sopão” dois cômodos foram reservados para costura, armazenamento das roupas prontas e das doações recebidas. Foi montada uma equipe de palestra com pessoas da Pastoral da Saúde da Paróquia Nossa Senhora do Pilar e com o passar do tempo as reuniões e palestras foram sendo aprimoradas. Hoje a equipe é composta por doze profissionais da área de psicologia, fisioterapia e saúde.

Trabalhamos com trinta grávidas em média por mês assim organizado: um grupo participando da 1ª reunião(palestra sobre Psicologia), um grupo participando da 2ª reunião(palestra sobre Fisioterapia) e um grupo encerrando sua participação(palestra sobre Saúde).

À medida do possível o kit é feito no “Sopão” por funcionários contratados e também por voluntários. Como o seu custo é alto, em torno de R$120,00(cento e vinte reais) por kit, contamos com a colaboração de pessoas que doam algodão, potes para colocação de algodão, bicos, sabonetes, saboneteiras, cobertores, paletozinhos de crochê e tricô e os sapatinhos. O Rotary faz chegar às nossas mãos as banheirinhas que acompanham o kit. De 1996 até junho de 2006 já distribuímos 1150 (mil cento e cinqüenta) kits.

KIT BEBÊ – O QUE SINTO POR ELE

Meu irmão e minha cunhada que fazem parte do “Sopão” cansaram de me convidar para participar como voluntária do Kit Bebê porém, nunca tive vontade de participar deste grupo. Fui a uma reunião para satisfazer a vontade deles e me apaixonei pelo programa de tal maneira que passei a ser voluntária, comparecendo 3 a 4 vezes por semana para arrematar as costuras ali realizadas. Com o tempo aprendi e passei a gostar de executar aquilo que eu mais detestava: COSTURAR.

Há dez anos estou no Kit, inicialmente como voluntária e posteriormente contratada como funcionária. Cheguei aqui sem vontade mas, independente de ser funcionária ou não, hoje, não imagino minha vida sem o que faço. Para mim é um grande prazer e aprendizado realizar este trabalho. Aos sábados, após as reuniões, saio daqui bem mais leve e feliz sentindo que junto com as gestantes vencemos mais uma batalha. Amo assistir as reuniões e costumo dizer às participantes que elas aprendem com os palestrantes mas nós também aprendemos muito com elas. Digo às pessoas que o kit é meu filho caçula e que tanto ele precisa que eu cuide dele como eu preciso que ele preencha algum espaço em minha vida.

Agradeço muito a Deus este caminho que ele abriu em minha vida e sou imensamente feliz com a oportunidade que o “Sopão” me deu, recebendo-me de braços abertos, para que possa ajudar às pessoas que vêm a nossa procura.

Elisa A. Leite Gomes Pereira